quinta-feira, 9 de abril de 2009

Beirut - The March Of The Zapotech And The Realpeople Holland (2009)

Salve, salve gente fina. Hoje é dia de mais um disco fresquinho e recém saído do forno pra galera que gosta de sons mais alternativos e menos barulhentos. The March Of The Zapotech And The Realpeople Holland (2009) foi lançado no dia 17 de fevereiro, na verdade, são dois EP´s disfarçados de um disco só. O primeiro EP The March Of The Zapotech contem as 6 primeiras faixas, da faixa 7, My Night With A Prostitute From Marseille, em diante já são as faixas do EP Holland (não o nome do EP não está incompleto, explicarei mais a frente).

Como diria o bom e velho Jack, O Estripador, vamos por partes. Já que o disco é dividido em dois EP`s (ou se você preferir, são dois EP´s reunidos em um disco) falarei separadamente dos dois.

The March To Zapotech tem aproximadamente 15 minutos e é uma continuação do som do que se pode chamar de “clássico” do Beirut. Zach Condon gravou apenas com uma banda de metais e, segundo ele, são canções “para casamentos e funerais”. Pode parecer absurdo, mas faz sentido. La Llorona é uma música que tocaria num funeral, My Wife é daquelas canções em que você vê a cena de um casamento mexicano. The Akara poderia ser tocada em ambas as ocasiões, dependendo da parte da música. On A Bayonet tem um nome sugestivo para funerais com honras militares. E finalmente The Shrew que definitivamente é uma valsa para casamentos.

Holland é o segundo EP (The Realpeople, citado no nome do álbum, nada mais é um que pseudônimo “pré-beiruteano” de Zach Condon) e é um pouco mais longo, cerca de 19 minutos, e trata-se de uma roupagem eletrônica para algumas canções mais antigas, como é nítido na faixa No Dice a frase melódica de A Sunday Smile (do álbum The Flying Club Cub (2007), já falado nessa coluna) tocada com sintetizadores.

The March To Zapotech And the Realpeople Holland pode vir a agradar gregos e troianos (ou se você preferir, zapotecas e holandeses) pelo simples fato de unir, em um mesmo álbum, duas estéticas completamente diferentes e, a priori, heterogêneas com um resultado plenamente satisfatório.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Hoobastank – For(n)ever (2009)

Salve, salve meus queridos e minhas queridas. Hoje trago efetivamente o primeiro disco de 2009. For(n)ever é o 4º álbum do Hoobastank, tem 38 minutos e 38 segundos de duração divididos em 12 canções. Pra quem não se lembra, a banda formada por Douglas Robb (vocal e guitarra), Dan Estrin (guitarra), Chris Hesse (bateria) e Dave Amezcua (baixo) estourou no mundo inteiro com o single The Reason em 2004 (que, por sinal, tocou até furar o disco, mas se você não lembra ou quer ouvir de novo, o link é o próprio nome da música).

Esqueça aqueles malas que não paravam de tocar na antiga Rádio Cidade e que ninguém agüentava mais ouvir em 2004. O som dos caras ganhou peso (e muito, chega a lembrar Linkin Park em uma ou outra faixa) e consistência. Quando se chega a acreditar que eles vão ter uma recaída (mais exatamente na faixa 3, So Close, So Far quando a introdução lembra a supracitada The Reason ) eles vão lá e surpreendem (vá lá, a letra é meio mela cueca e a estética do refrão é quase emo, mas valeu a intenção).

Destaques para My Turn, que abre o trabalho; All About You, que lembra Beat It do Michael Jackson (por mais absurdo que isso possa parecer); The Letter (a música não é lá essas coisas, mas gosto de um trabalho bem feito e homogêneo em que as faixas se encaixem uma na outra); Sick Of Hanging On; e Who The Hell Am I?.

For(n)ever é um bom álbum de rock n´ roll e uma bela surpresa pra quem (assim como eu) achava que o Hoobastank não passava de uma “one hit wonder”. Pode até ser, mas que os rapazes estão fazendo um trabalho merecedor de uma segunda chance isso eles estão.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Kings Of Leon – Only By The Night (2008)

Salve, salve gente boa. Hoje a coluna vem com repeteco, afinal não tenho obrigação nenhuma de fazer revezamento de artistas e, se eu achar que vale a pena, eu vou sim repetir bandas e afins. E depois eu acho que é bacana e válido acompanhar a carreira de quem eu “lanço” por aqui (podem se preparar, pois esse ano ainda vem reprise de P.J. Harvey e já ouvi boatos de que o próprio Kings Of Leon estão preparando mais um álbum de inéditas ainda em 2009). Bom, vamos a este que é do ano passado.

Only By The Night foi produzido por Ângelo Petraglia e Jacquire King durante fevereiro de 2008 nos Blackbird Studios, tem praticamente 43 minutos cravados (pra ser exato tem 43 minutos e 1 segundo) distribuídos entre as 11 faixas, nas quais as guitarras continuam falando alto, embora emocionem menos que o, já bastante elogiado por aqui, Because Of The Times (2007) (deixa de ser preguiçoso(a) e procura esse no arquivo do blog.).

Destaques para Closer, canção que abre o disco; Use Somebody (melhor faixa do álbum); Manhatan; 17 e Be Somebody.

O que me espanta nesses caras é o poder de criação. Normalmente há um espaço que varia de um ano e meio a dois anos entre dois discos de inéditas. Eles pretendem lançar o 3º em 3 anos seguidos (Because Of The Times - 2007, Only By The Night – 2008 e o próximo ainda sem título pra 2009). Meu medo é que haja uma queda de rendimento no trabalho do Kings Of Leon, o que não ocorreu do Because Of The Times para o Only By The Night, embora eu ache o álbum de 2007 melhor que o de 2008, não houve uma queda de qualidade, só acho que o repertório do disco anterior é melhor que o do atual.

Only By The Night não é tão viciante ou contagiante quanto seu predecessor, mas pode se dizer que é tão bom quanto.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nickelback – Dark Horse (2008)

Salve, salve gente boa. Primeiro gostaria de pedir desculpas aos meus leitores (se é que sobrou algum depois de tanto tempo) aos meus colegas de blog que se esforçam pra colocar suas colunas dentro dos prazos e ao editor (que também é colunista) pela minha ausência. Tive alguns bons motivos pra isso, entre eles as queima do meu HD e o extravio da coluna do AC/DC, mas vamos lá, afinal, é a minha primeira coluna do ano.

Dark Horse é o 6º disco de estúdio dos canadenses do Nickelback (Chad Kroeger o roqueiro mais feio de todos os tempos eleito pela revista Kerrang, guitarras e vocais; Ryan Peake, guitarras e back vocals; Mike Kroeger, baixo e Daniel Adair, bateria e back vocals) tem em torno de 43 minutos distribuídos por 11 faixas e vem menos pesado que seu predecessor, All The Right Reasons (2005).

Destaques para as faixas Something In Your Mouth, que abre o disco (se você pensou besteira, acertou em cheio, bem-vindo ao clube); Next Go Round, que reitera o tema (“I wanna cover you with jello in the tub” é um momento, literalmente, seminal do álbum); S.E.X., que definitivamente não é uma sigla. Como diria Borat, “naughty, naughty”. Mas nem só de sacanagem é feito este disco do Nickelback, vale a pena ressaltar também as bonitinhas I´d Come For You e Never Gonna Be Alone, típicas músicas pra medir boca.

Dark Horse não é o discaço do Nickelback, e talvez ele seja malhado por vir depois do All The Right Reasons, mas está longe de ser ruim. Não é contagiante, mas não chega a ser broxante. O termo correto seria medíocre, se a palavra não estivesse tão atrelada ao pejorativo. É um álbum mediano, que a meu ver, serviu pra cumprir o contrato com a gravadora. Os caras são capazes de fazer melhor...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Little Joy – Little Joy (2008)

Salve, salve gente boa. Hoje é dia de alegria aqui na Experiência Auricular. O novo ( e bota novo nisso, o disco só será lançado no Brasil em Janeiro) projeto do Hermano (ou ex-hermano, vai saber...) Rodrigo Amarante (Vocais; Guitarra; Piano; Baixo; Ukulele (é aquele instrumento que lembra um cavaquinho e que o Eddie Vedder usou aqui no Rio pra tocar Soon Forget); Órgão; Melotron; Percussão e Backing Vocals) e do baterista do Strokes, Fabrizio Moretti (Guitarra; Violão Tenor; Piano; Baixo; Bateria; Percussão; Escaleta e Backing Vocals), ao contrário das minhas expectativas (e acho que a da maioria, que esperava um disco essencialmente brit-rock), lembra muito a sonoridade do neo-hippie Devendra Banhart (quem não lembra ou não viu, já teve seu disco comentado por aqui). O álbum tem 11 faixas e gira em torno de meia hora. Além dos dois marmanjos a banda conta também com a bela loirinha Binki Shapiro (Vocais; Guitarra; Glockenspiel; Percussão e Backing Vocals).

Amarante, como dizem as más línguas e a boca pequena, pode até ter o ego inflado de um Hermano (me refiro a nossos hermanos argentinos, não à banda) mas, como diria o bom e velho sábio Senhor Madruga, o garoto “tem tino comercial”. Little Joy se encaixa no mesmo segmento de mercado do supracitado Smokey Rolls Down Thunder Mountain (álbum em que o próprio Amarante participa na faixa A Rosa) ambos produzidos por Noah Georgeson.

Os destaques ficam por conta de The Next Time Around, faixa que abre o álbum (e que se você clicar em cima vai pro clipe no youtube), No One´s Better Sake (idem), Unattainable com os vocais exclusivos de Binki Shapiro e Keep Me In Mind (que creio ser a melhor das 11) que lembra bastante a faixa Condicional do disco Quatro do Los Hermanos (agora sim me refiro à banda), ou seja, totalmente Strokes. Creio estar sendo injusto com algumas outras canções, mas essas realmente são as mais mais mais na minha humilde opinião (Discorda? Comente. Não ouviu? O link está sempre lá em cima.).

Por hoje é só pessoal, até semana que vem. Aliás, até ano que vem. Feliz 2009!!!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Beirut – The Flying Cup Club (2007)

Salve, salve meus queridos e minhas queridas. Hoje trago uma notícia um tanto quanto preocupante para nós do blog (em especial para mim). Trata-se dessa matéria do dia 15/12/08 do site cifraclub.com.br que me deixou rezando para que a primeira-dama francesa não visite blogs tupiniquins, já que minha matéria do dia 15 de setembro foi acerca do disco dela e como não encontrei a capa...

Bem, vamos ao que interessa. Mais um disco “antigo” (2007). Vou tentar parar com isso, mas esse vale a pena.

Tive meu primeiro contato com o Beirut numa visita que fiz a meu irmão algum tempo atrás e ele me mostrou uma música dessa banda. A primeira coisa que me veio à cabeça foi: “Que som duca!!!” Imagine o Serj Tankian (não que seja ele, mas o timbre de voz de Zach Condon lembra bastante o do vocalista do System Of A Down) cantando valsas, folks e até um tema de filmes de fadas da Disney (porque a introdução da faixa 8, Forks And Knives (La Fetê) poderia ser perfeitamente um.) Minha curiosidade foi ainda mais atiçada quando estava assistindo a um episódio da minissérie Capitu (no youtube) e fiquei encantado com a música tema do casal principal da trama (que não está nesse disco, mas já que eu sou um colunista legal, eis o link da canção.). Resolvi, então, baixar o trabalho mais recente da banda para comentar por aqui.


A banda é formada por: Zach Condon - vocais, ukulele, trompa, trompete e fliscorne; Owen Pallett - violino, órgão e backing vocals, Jon Natchez – clarinete, flauta e escaleta; Kendrick Strauch – piano; Perrin Cloutier - acordeon, contrabaixo e backing vocals; Nick Petree – percussão e backing vocals; Kristin Ferebee – backing vocals; Jason Poranski – violão e bandolim e Paul Collins - bouzouki.


O álbum traz 13 faixas que duram pouco mais de 38 minutos. Nota-se muita influência da música francesa e mariachi. O modo como Nick Petree se utiliza de caixas marciais merece menção. Os destaques ficam por conta de Nantes, A Sunday Smile, Cliquot e St. Appolonia.


Pode parecer chato para alguns, mas com uma audição atenta e paciente é simplesmente apaixonante.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Guns N´Roses – Chinese Democracy (2008)
Olá, queridos leitores. Assim como a banda de hoje estou de volta ao blog. Eu poderia usar o meu fim de período na faculdade, o feitio e as inúmeras revisões do roteiro que estou escrevendo para um curta, ou mesmo os ensaios da minha banda para o Festival Pela Rádio Livre de Nova Iguaçu que será coberto (caso ele realmente aconteça) por esse mesmo blog para justificar minha ausência. Mas na verdade é que se o Guns levou 14 anos pra lançar esse disco, por que eu não poderia demorar pouco mais de um mês entre minha última crítica e a desse álbum?

Sem mais firulas e embromações, vamos a ele.

Comecemos pela ficha técnica. O disco foi gravado por 19 (!!!) músicos, dos quais citarei “apenas” 12 (os outros 7 são convidados menos conhecidos). Além de W. Axl Rose - Vocal; Piano em Catcher In The Rye , This I Love e Prostitute; Guitarra em There Was A Time e Madagascar; Teclado em Chinese Democracy e This I Love; Sintetizador em There Was A Time e This I Love; Trompa Sintetizada e Samples em Madagascar.
Participaram 5 guitarristas: Ron "Bumblefoot" Thal e Robin Finck (que também toca teclado em Better e If The World) em todas as faixas; Buckethead em todas as faixas, exceto Catcher In The Rye e This I Love; Paul Tobias em Chinese Democracy, Better, Catcher In The Rye ,Riad N´ The Bedouins, I.R.S., Madagascar e Prostitute além de piano em There Was A Time e Richard Fortus em Chinese Democracy, Better, Street Of Dreams, There Was A Time e Prostitute. 2 tecladistas: Dizzy Reed; Teclado em Chinese democracy, Street Of Dreams, There Was A Time, Riad N´ The Bedouins, I.R.S. e Prostitute / Piano em Street Of Dreams e If The World e sintetizador em Street Of Dreams, There Was A TIme, This I Love e Prostitute. Chris Pitman: Teclados em Chinese Democracy, Scraped, Sorry, Madagascar e This I Love / Baixo em If The World, There Was A Time e Madagascar / Sub-Bass em todas as faixas, exceto Catcher In The Rye / Guitarra em Chinese Democracy e If The World / Sintetizador em Street Of Dreams, There Was A Time, This I Love e Prostitute / Programação Eletrônica em If The World, There Was A Time e Madagascar e Mellotron em There Was A Time. 2 bateristas: Frank Ferrer em Chinese Democracy, Better, If The World, There Was A Time e I.R.S. e Bryan "Brain" Mantia em todas as faixas, exceto Chinese Democracy e Programação Eletrônica em I.R.S. O baixista em todas as faixas com exceção de If The World é Tommy Stinson. Ah, claro o último dos 12 músicos que eu fiquei de mencionar é justamente o convidado mais famoso, Sebastian Bach que faz o backing vocal em Sorry.

Ufa, vamos ao disco. Não, não é Guns N´Roses esse nome é puro marketing, a banda deveria se chamar Axl e Seus Roses ou o equivalente em inglês. Não quero dizer que o resultado é ruim, pelo contrário, é um discaço, mas Guns sem Slash não é Guns. Vale (e muito) a audição. Não dá pra saber se Axl voltou a boa forma (vocal, lógico) ou se o engenheiro de som é tão bom quanto o do The Mars Volta. No mais vamos aos pontos positivos do disco.

Better provavelmente vai fazer os fãs mais ortodoxos da banda ficarem bem chateados por causa das incursões eletrônicas na introdução, mas é uma tremenda sonzeira. Street Of Dreams é aquela balada Guns com solos de guitarra sensancionais. The Catcher In The Rye começa com aquela pegada característica de Axl ao piano e o mais próximo que o Guns atual chega do Guns antigo. Riad N´The Bedouins é a prova de Axl está de volta aos bons tempos (ou que o engenheiro de som é um absurdo de bom). Sorry é talvez a mais lenta do álbum e talvez por isso mesmo uma das melhores o refrão é bem pesado e a faixa ainda conta com Sebastian Bach nos backs. O quê, não conhece? Procure por uma banda chamada Skid Row. Que foi, nunca ouviu falar? Tá bom eu ponho link do youtube. Mas de longe o ponto alto do disco é Madagascar. Os discuros inseridos na faixa são arrepiar os cabelos de um careca!!!

Pontos negativos? Bom, pra ser Guns N´Roses faltam Slash, Matt Sorum e Duff "Rose" McKagan. Chinese Democracy é só dos Roses, mas é bom pacas!!!